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Como plantar milho de pipoca

Como plantar milho de pipoca

Plantar milho de pipoca é um pouco diferente do que milho normal e possui requisitos ligeiramente diferentes para plantação e crescimento. Com um pouco de conhecimento, você pode plantar, cultivar e colher milho de pipoca. Em pouco tempo, você terá uma colheita de pipoca que você pode cozinhar, estourar ou vender!

No Brasil, a maior parte do plantio de milho é realizado na região centro-oeste. A cada primavera, os agricultores plantam as sementes de pipoca com cerca de 4 centímetros de profundidade e 15 centímetros de distância entre cada uma. Isso representam quase 28.000 sementes por acre.

1. Escolher a semente correta

Compre algumas sementes de pipoca férteis (não serve milho utilizado para fazer pipoca). Você pode usar pipoca comum ou qualquer outro tipo de milho de pipoca de sua preferência. Nem todas as pipocas compradas na loja serão férteis devido aos processos de aquecimento e esterilização que a pipoca passa antes de serem embaladas e vendidas. Você também pode comprar sementes de pipoca de uma empresa de sementes ou de um agricultor.

Antes de começar uma grande lavoura, recomendamos que você faça um teste: pegue aproximadamente umas 20 sementes, coloque na água e aguarde. Se o milho crescer em cerca de uma semana, você tem sementes férteis. Se 2 semanas passarem, e você ainda não vê brotos emergentes, você tem sementes inférteis. As sementes devem ser obrigatoriamente férteis para cresce. 

2. Escolher o melhor local plantar o milho

Escolha o local certo. Certifique-se de que há possibilidade de receber muita luz solar e que o solo escorra facilmente. Você precisará muito espaço para cultivar milho.

O milho pipoca é uma planta mais sensível ao ataque de doenças que o milho normal, por isso a escolha do local e a época de plantio é ainda mais importante para o sucesso do cultivo.

Não faça sua lavoura a menos 3o de outros tipos de milho, caso contrário você pode obter polinização cruzada. Isso pode resultar em híbridos e pode afetar o sabor. Já os riscos climáticos são identificados por meio da análise de distribuição da frequência das chuvase do balanço hídrico, ou seja, a disponibilidade de água no solo para a planta, para períodos de cinco dias.

Ao serem plantadas, as sementes de milho pipoca necessitam de umidade e temperatura do solomínima de 10ºC. Na estação das chuvas este requisito é facilmente alcançado, fazendo com que o milho pipoca leve apenas de quatro a sete dias para emergir.

3. Esperar a época de plantio

A cultura de milho pipoca não tolera a falta de água, principalmente nas fases de quatro e oito folhas, pendoamento e enchimento de grãos. Em outras palavras, aquele momento que ocupam grande parte do período de crescimento e produção da planta. O déficit hídrico na fase de quatro folhas reduz o número de espigas o que prejudica sua produtividade e rentabilidade

Em Minas Gerais, a melhor época para plantio do milho pipoca são os meses de setembro, outubro ou novembro, início da época chuvosa.

Quando o produtor realiza o plantio tardio, aumentam as chances de ocorrer ataque de doenças em estádios iniciais, diminuindo a produtividade e a qualidade dos grãos.

4. Realizar o plantio na profundidade correta

A profundidade de semeadura está condicionada aos fatores temperatura do solo, umidade e tipo de solo. A semente deve ser colocada numa profundidade que possibilite um bom contato com a umidade do solo. Entretanto, a maior ou menor profundidade de semeadura vai depender do tipo de solo. Em solos mais pesados, com drenagem deficiente ou com fatores que dificultam o alongamento do mesocótilo, dificultando a emergência de plântulas, as sementes devem ser colocadas entre 3 cm e 5 cm de profundidade. Já em solos mais leves ou arenosos, as sementes podem ser colocadas mais profundas, entre 5 cm e 7 cm de profundidade, para se beneficiarem do maior teor de umidade do solo.

Plante o milho aprox. 1,5cm de profundidade na primavera e de 4cm a 5cm de profundidade no verão. Coloque 2 sementes em cada buraco. Apenas 75% delas vão germinar.

No sistema plantio direto, onde há sempre um acumulo de resíduos na superfície do solo, especialmente em regiões mais frias, a cobertura morta retarda a emergência, reduz o estande e, em alguns casos, pode até causar queda no rendimento de grãos da lavoura, dependendo da profundidade em que a semente foi colocada. A Tabela 2 mostra o efeito da profundidade de semeadura sobre a emergência, o vigor e a duração do período de emergência na cultura do milho.

Contrário a uma crença popular, a profundidade de semeadura tem influência mínima na profundidade do sistema radicular definitivo, que se estabelece logo abaixo da superfície do solo.

5. Respeitar a densidade máxima na plantação

A densidade de plantio, ou estande, definida como o número de plantas por unidade de área, tem papel importante no rendimento de uma lavoura de milho, uma vez que pequenas variações na densidade têm grande influência no rendimento final da cultura.

Plante cada semente com pelo menos 20 a 25 centímetros de distância. Se você estiver plantando em linhas, considere 45cm a 60cm de distância.

O milho é a gramínea mais sensível à variação na densidade de plantas. Para cada sistema de produção, existe uma população que maximiza o rendimento de grãos. A população ideal para maximizar o rendimento de grãos de milho varia de 30.000 a 90.000 plantas por hectare, dependendo da disponibilidade hídrica, da fertilidade do solo, do ciclo da cultivar, da época de semeadura e do espaçamento entre linhas. Vários pesquisadores consideram o próprio genótipo como principal determinante da densidade de plantas. O aumento da densidade de plantas até determinado limite é uma técnica usada com a finalidade de elevar o rendimento de grãos da cultura do milho. Porém, o número ideal de plantas por hectare é variável, uma vez que a planta de milho altera o rendimento de grãos de acordo com o grau de competição intra-específica proporcionado pelas diferentes densidades de planta.

O rendimento de uma lavoura aumenta com a elevação da densidade de plantio até atingir uma densidade ótima, que é determinada pela cultivar e por condições externas resultantes de condições edafoclimáticas do local e do manejo da lavoura. A partir da densidade ótima, quando o rendimento é máximo, aumento na densidade resultará em decréscimo progressivo na produtividade da lavoura. A densidade ótima é, portanto, variável para cada situação e, basicamente, depende de três condições: cultivar, disponibilidade hídrica e do nível de fertilidade de solo. Qualquer alteração nesses fatores, direta ou indiretamente, afetará a densidade ótima de plantio.

Além do rendimento de grãos, o aumento da densidade de plantio também afeta outras características da planta. Dentre essas características, merecem destaque a redução no número de espigas por planta (índice de espigas) e o tamanho da espiga. Também o diâmetro do colmo é reduzido e há maior susceptibilidade ao acamamento e ao quebramento. Além disso, é reconhecido que pode haver um aumento na ocorrência de doenças, especialmente as podridões de colmo, com o aumento na densidade de plantio.

Para os híbridos triplos e simples, é frequente a densidade de 50 a 60 mil plantas por ha, havendo casos de recomendação de até 80 mil plantas por ha. Deve ser ressaltado, entretanto, que apenas 23 cultivares são recomendadas com densidades de plantio igual ou maior do que 70 mil plantas por hectare.

A maioria das empresas já estão recomendando densidades de plantio em função da região, da altitude e da época de plantio. Além disso, já existem empresas recomendando a densidade em função do espaçamento, o que representa uma evolução. Dados de pesquisa mostram vantagens do espaçamento reduzido (45 cm a 50 cm entre fileiras) comparado ao espaçamento convencional (80 cm a 90 cm), especialmente quando se utilizam densidades de plantio mais elevadas. O surgimento de novas cultivares de milho de ciclo mais curto, estatura reduzida, menor número de folhas e folhas mais eretas aumentou o potencial de resposta da cultura à densidade de plantas.

6. Acompanhar o crescimento da planta

A semente de pipoca germinará em aproximadamente sete dias e emergirá do solo em 10 dias. É a umidade no solo, que dissolve elementos importantes para a planta, como nitrogênio, fosfato e potássio. As raízes de pipoca absorvem essa umidade rica em nutrientes para “alimentar” a semente e fazer com que ela germine. Quando o sol brilha nas folhas novas, a clorofila verde na folha contém água, que é combinada com o dióxido de carbono no ar, criando açúcar. A planta usa o açúcar para construir mais folhas e raízes, e eventualmente orelhas de pipoca. Este processo é chamado de fotossíntese.

Pipoca é uma planta que sente sede. Será necessário cerca de 5cm de água por semana (dependendo da condição do solo) até estar pronto. Isso levará cerca de 100 dias.

À medida que a planta de pipoca cresce, o talo alcançará aproximadamente 2,5 metros e produzirão longas folhas verdes. À medida que a planta cresce, ela começa a produzir espigas, cobertas com uma casca verde. As borlas em penas se formam no topo da planta e produzem pólen, um pó amarelado. As orelhas formam sedas ou longos fios que “pegam” o pólen quando o vento sopra.

Este processo é chamado de polinização e permite que os ouvidos produzam grãos. Uma vez que as orelhas têm grãos, o processo de maturação continua até que a planta inteira esteja seca e marrom.

7. Colher o milho de pipoca maduro

A pipoca fica madura quando o caule e as folhas são castanhas e secas, a semente dura e quando uma “camada preta”, facilmente encontrada arranhando a ponta do núcleo, é formada. Esta camada indica que o grão não exige mais nutrição da planta. A pipoca é geralmente colhida quando o núcleo tem um teor de umidade de 16% -20%. É essa umidade dentro do grão que permite que a semente de pipoca apareça quando aquecida.

A pipoca pode ser colhida na orelha, onde toda a espiga de milho é cortada e armazenada por oito a 12 meses, até que os níveis de umidade nos grãos alcancem níveis ideais. Neste ponto, os grãos são despojados das espigas e classificados para eliminar aqueles que são muito pequenos para aparecer de forma eficiente.

O processamento do milho

Uma vez que a pipoca secou para o melhor nível de umidade de 14%, é então limpa para remover pequenos pedaços da espiga e outras partes da planta. Os núcleos de pipoca são movidos sobre uma tela, que vibra para separar os grãos das outras partículas. Em seguida, os grãos de pipoca passam por um separador, que elimina as partículas leves, como os pequenos grãos.

Deixe o milho secar nos talos. Se o tempo, onde você mora, estiver seco, você pode deixar o milho secar diretamente sobre os talos. Se começar a chover, colha e leve-o para dentro, para terminar a secagem

Então os grãos são limpos, eles são polidos, eliminando qualquer material vegetal final ainda apegado ao grão. Os grãos estão agora prontos para serem embalados para microondas, sacolas ou sacas para distribuição.

Pronto para fazer pipoca

Pipoca precisa de calor para estourar. A maioria das pipoca aparecerá quando a temperatura interna do núcleo atingir 180 graus Celsius. Quando o grão é aquecido, a umidade se transforma em vapor. Como o pericarpo (casca) é duro, a pressão se acumula dentro do grão. O amido dentro do grão torna-se macio como a gelatina e a umidade vaporiza. A pressão aumenta até o pericarpo ou o casco se romper e os grânulos de amido gelatinizados incham. O grão literalmente volta para dentro.

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